O Papa Roach mudou tanto, que chega a assustar. Antes, uma banda que andava na linha do extinto “New Metal” e se mantia alheia às mudanças do cenário, agora chutou o balde de vez. A banda se vendeu, e nem é preciso ser fã pra comprovar isso basta olhar o material de divulgação e o primeiro single da banda. Agora, os ex-metaleiros usam roupas coloridas, franjas na cara, piercings e coisas facilmente rotuladas como “Emo”. Fora o som, que está totalmente diferente, com os famosos refrões pegajosos e vocais melosos. O nome do CD, “Metamorphosis” faz jus a mudança radical da banda, que preferiu seguir o caminho comercial do que se manter nas suas raízes musicais.
O Cd alterna entre dois extremos completamente diferentes de tudo que a banda fazia : o Hard Rock “Glam” e o Emocore. A competência da banda está lá, sim, mas a criatividade ora dá lugar a algo previsível e sem alma. Parece que este álbum foi planejado meticulosamente, se tornando mecânico e mais próximo de um produto. Até os vocais fortes de Jacoby Shaddix soam completamente adolescentes, unindo guitarras que insistem na idéia de simplesmente servir de base, sem acrescentar nada de realmente interessante. O baterista novo, Tony Palermo, não conseguiu acrescentar em nada o som da banda, e passa despercebido.“Into The Light” que traz participação do guitarrista Micky Mars (Motley Crue) é um ótimo da empreitada Hard Rock da banda americana, que se aproveita de clichês do gênero. No lado “emo”, um ótimo exemplo é a faixa “Lifeline”, com os famosos refrões pegajosos e guitarras dobradas.
A banda provavelmente se preparou para uma perda considerável de fãs antigos, e não parece muito preocupada com isso, já que desde 2005 vem se distanciando cada vez mais dos tempos do álbum “Infected”. “Hollywood Whore” é uma boa música, deixando os preconceitos de lado, com guitarras bem colocadas e letra bem feita. Se você não for fã antigo da banda, com certeza vai adorar o CD(Papa Roach-Metamorphisis)
